terça-feira, 3 de janeiro de 2012

AMOR DE PERDIÇÃO.




AMOR DE PERDIÇÃO
Sonia Santos


Você jamais pede licença
Sempre surge quando quer
Adentra em minha vida e arrasta tudo
Como fica impossível rejeitar-te

Jamais surge quando almejo
Chega em noite de chuva
Ou em uma noite de luar
Também chega em dias de nostalgia
Por mais que eu relute
Entra e me transforma


Entra sempre pela fenda de meu desejo
E quando chega, vivo a insensatez
Aventuro mandar-te embora
E quando vais e os dias passam
Luto para não enlouquecer

Nesse período saio a buscar-te
Caminho horas a fio
Vou lhe buscando a esmo e solitário
Experimento a ansiedade e a loucura
Meu corpo se torna adoentado
Preciso de você assim como de ar


As horas passam e não te encontro
Meu corpo não lhe alcança
Sinto que minha busca segue inútil
Sinto minha essência desfalecer

Preciso de ajuda, preciso de você
Andar a tua procura é uma agonia
Minha vida tornou-se uma queixa
Tento e preciso esquece-la


Meu anseio por você é uma obsessão
Um desejo desse íntimo angustiado
Depois que chegaste em minha vida
Tornei-me teu aprisionado
Você não é meu amor
Você é minha absoluta perdição.

Visite o site da Autora:Simplesmente Poeta 

CENTELHAS DE AMOR.


CENTELHAS DE AMORWalter Pereira Pimentel

Quando a tua mão
Deslizou leve
Pelo meu cabelo
E veio até o pescoço
Quando teu hálito quente
Tocou minha orelha
E teu beijo molhado
A minha nuca
Ativaram-se em meu ser
Todas as centelhas 


Suspirei, delirei
Entrei em alvoroço
Meu corpo vibrou
Estremeceu
Como se fosse de neve
Em suor se derreteu
Minha voz embargou
Ficou rouca
Veio o desejo incontrolável
Aquela vontade louca
De te possuir, te devorar
Sentir teu corpo junto a mim 


Nossas bocas e mãos se unindo
Nossos olhos nos consumindo
Excitando assim nossa libido
Que como flor vicejante e sensual
Fertilizada pelo carinho recebido
Desabrochará em prazer
Em êxtase total
Do começo até o fim!
Visite o site do Autor:Walter Pereira Pimentel

TENTAÇÃO


Tentação (Piero Valmart)

Tentação

Não me tente, ó menina,
Com essa beleza divina
Que me mostra, quase nua...
Não me tente, que enlouqueço,
E dos pudores esqueço,
Ante o que me insinua...

Há tempos que a desejo,
Sonho doido com seu beijo,
Sua boca de sedução...
E agora a vejo assim,
Projetar-se sobre mim,
Com tanta provocação...

Se me tenta, desejosa,
Qual uma gata manhosa,
Com tanta desfaçatez,
Vou deitá-la sobre a relva
E qual as feras na selva,
Possuí-la de uma vez!


Piero Valmart

terça-feira, 4 de outubro de 2011

AMOR LOUCO.

Cordel  - Amor louco

Autor: Daniel Fiúza
06/06/2004

Quase no final da noite
As crianças já dormindo
Eu deitado no sofá
Estava um filme assistindo
De repente ela chegou
O filme ela nem olhou
Foi logo me distraindo.

Vestindo uma camisola
Transparente bem curtinha
Tinha saído do banho
Com a pele bem fresquinha
Cabelo dela molhado
Vei’ se deitar ao meu lado
E foi tirando a calcinha.

O vídeo eu desliguei,
Já nada estava vendo
Várias partes eu perdi
Pois ela tava querendo
Uma noite de amor
E logo me despertou
Com uns agrado fazendo.

Ela cheirava a paixão
Beijando a minha boca
Com beijo escandaloso
Foi tirando minha roupa
Ela me deixou despido
Meu corpo todo lambido
Parecia coisa louca.

Eu sugava os seios dela
Seu corpo acariciando
Sentindo a pele macia
E os pêlos arrepiando
Em direção a sua fonte
A minha boca ofegante
E ela feliz suspirando.

Seus gemidos e lamentos
Gritos de muito prazer
Transformava-me em fera
Na hora que vai comer
Eu dava o quela queria
Satisfeita ela comia
Seu prato de bem querer.

Do sofá para o tapete
O amor continuava
Meu corpo no corpo dela
Toda hora ela gozava
Ela querendo mais
Pois me achava capaz
No gozo aproveitava.

Ali era nosso cinema
Fazíamos filme ao vivo
Ela erótica e sensual
Só aumentava o motivo
De amá-la novamente
Provocava-me insolente
Fazendo-me seu cativo.

Nos orgasmos infinitos
Nós sentíamos delirando
Ela loba alucinada
Eu um leão amando
Nos prazeres colossais
Com gosto de quero mais
Os nossos corpos gozando.

Exaustos ali deitados
No rosto a satisfação
Aquele amor suado
De égua e garanhão
De mulher apaixonada
Por seu homem amada
Com muito amor e tesão.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

MENINO TRAVESSO.

 
Menino travesso
Eduardo Baqueiro 
 

Hoje eu vou me vestir de menino travesso.
Não vou bater na tua porta, não...
Vou pular tua janela.
E não adianta trancá-la,
eu arrombo...
Se estiveres dormindo não faz mal não....
Eu vou chegar de mansinho,
Sem fazer alarde,
para  não te assustares.
Eu chegarei perto de ti,
Apenas sentindo teu cheiro
De loba, de menina, de fêmea
E eu, como um lobo sedento, te acho,
Encho tua boca com minha língua...
Sentirás a pressão de meu corpo sobre o teu,
Te renderás sem nenhuma resistência...
Eu sei...
Deixar- te-ei nua para sentires meu corpo nu
Meus sentidos estarão todos atentos
Para te sentir...
O ritmo do teu corpo
em sintonia com o meu corpo.
Uma só voz, um só corpo, em um só desejo...
Eu te desejo, tu me desejas;
Eu te pertenço, tu me pertences;
Somos donos um do outro,
Somos donos da madrugada,
Somos duas estrelas com o mesmo brilho...
Somos eu e você e nada mais.
Neste momento o tempo há de parar,
As ondas do mar se acalmarão,
O silêncio se calará diante de nosso fogo....
E assistirão, intrépidos, ao nosso show...
Não temos pressa.
O amor se transforma em loucura
E, loucos que somos,
Vivemos este momento único...
 A nossa loucura não termina
Continuamos nossa viagem...
Meu corpo pede o teu
que, faminto, se entrega...
Nossos corpos se falam no contato,
Nossa bocas, sedentas,
se perdem uma na outra;
Nossas mãos se perdem na vastidão
de nossos corpos;
Nosso desejo é que esta eternidade
não termine,
Que nossa fome nunca seja saciada,
Que nosso fogo jamais seja extinto!
Escuto teu choro baixinho,
Pedindo que eu a possua como nunca...
Meu desejo é entrar dentro de você
E explodir para te saciar!
Minha língua, inquieta,
procura teus cantos mais íntimos
E se perde no caminho,
onde a loucura se torna dona de nós...
Chega o momento do nosso êxtase...
Explodimos, um dentro do outro,
Não haverá jamais um momento como este!
Te sinto como jamais senti...
És minha, tão minha, somente minha
assim como eu sou teu...
Eu amo você...

UM ÍNSTANTE APENAS.

 
Um instante apenas
Eduardo Baqueiro


Fechei meus olhos
Num instante apenas...
Vi você como sempre desejei
Teu corpo inebriante causava excitação
Sentia um enorme desejo de possuí-la
Mas estavas distante de meu corpo...
Uma lágrima caía de meus olhos
Era a saudade bandida que habitava meu peito
Que se expressava através do meu choro
Neste momento necessitava de teu corpo 
Como uma criança faminta
necessita do peito materno
Já era noite e chovia lá fora
Meu corpo chorava tua ausência
O frio causava dor em meu peito
Sua ausência revoltava minha alma
Uma sensação perturbadora me dominava por inteiro
Um misto de paixão e ódio
revezavam-se dentro de mim
Paixão por você,
ódio por não estar em seu braços...
Minha querida, quanta falta você me faz
Vem para meus braços,
Vem sentir o calor de minha boca colada na tua
Vem sentir meu corpo dentro do teu
Vem se entregar aos meus desejos mais secretos
Vem sua bandida,
vem minha pequena safada
Vem se transformar na mulher de meus desejos
Pois só assim esta saudade
Este desejo que sinto por você se acalmarão
Então poderei viver um pouco mais
Sem você...

O QUE SERIA DOS HOMENS SEM AS MULHERES.

O que seria de nós homens
durante aqueles momentos
em que a mascara de durão cai
e o homem forte de outrora
mostra-se na realidade
chorando feito criança assustada.
É quando tu mulher...
Chega com a sua tranquilidade,
carinho, amor e força
para acalentar aquele
que ate então
era um imbativel colosso.
E agora deita a cabeça
no teu colo suave e descansa.

Luís André.L.R